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A coisa começou suave, com a sigla H3 a invadir os centros comerciais. Resistiam então alguns clássicos que foram sobrevivendo aos anos, como o Great American Disaster. Hoje, começa a ser difícil andar em Lisboa sem tropeçar numa nova hamburgueria, quase sempre dita gourmet, especial, única. Porque são sempre muito gourmet, com as receitas dos ditos pesquisadas por especialistas ao longo de meses e os pães com secretas fórmulas caseiras de origem quase alquímica. Por muito que se queira sofisticar a coisa, um hamburger é um hamburger. Há uns melhores, outros piores. Há batatas boas e batatas más. Não vejo como tornar isto numa elaborada batalha gastronómica e com ela tomar conta das ruas desta cidade. Qualquer dia ainda fazem um hamburguer em pastel de massa tenra ou um cozido com hamburguer DOP. Gosto de um bom hamburguer, mas hoje em dia corro o risco de ficar submerso em carne picada gourmet ao andar pelas ruas de Lisboa.