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O governo acha que a função pública é pouco qualificada.
O governo quer qualificar a função pública.
O governo quer cortar (ainda) mais nos ordenados acima de 600 euros.
Os ordenados acima dos 600 euros são do pessoal mais qualificado, da pouco qualificada função pública.
O governo diz que o próximo corte de salários é para promover e estimular as rescisões amigáveis.
Caso o governo tenha sucesso o pessoal que vai sair é o mais qualificado.
O raciocínio começou com “função pública é pouco qualificada” e acaba, caso o governo tenha sucesso, com a função pública muito mais desqualificada.
Já imagino o Dr. Portas triunfante a anunciar mais um sucesso do governo.
Após esta quadratura do círculo a população irá olhar com uma desconfiança infinitamente maior para o Estado e os seus funcionários que restam, que serão os mais ineficientes e incompetentes.
Chegado a este ponto o objectivo está cumprido. O povo, perante a má qualidade dos serviços do Estado, pedirá em massa que os mesmos passem para a mão de privados.