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Uma escadaria para as profundesas de uma nuvem de fumo. Um pequeno palco ao fundo. Um copo de whiskey. Uma noite longa, nostálgica e hipnótica. O corpo transportado para um limbo pelos sons do trompete e da voz.
Assim imagino um concerto de Chet Baker, o homem que redefiniu a palavra cool e a colou ao jazz.
Vinicius de Moraes. Uma mesa com whisky e gelo. Toquinho, Tom e Miúcha. Esta preciosa gravação feita em Itália deixa a memória do que poderia ser um concerto com Vinicius. Tal como as fantásticas gravações, em disco, dos concertos "en La Fusa" em Mar del Plata, o concerto seminal no "Au Bon Gourmet", ou a etílica noite em casa de Amália.
"Poeta, diplomata, o branco mais preto do Brasil". Vinicius foi Vinicius, um personagem ímpar ao qual não seria possível ficar indiferente. Dos seus concertos fica a memório dos registos e a enorme pena de não poder ter lá estado, num qualquer deles, a ouvir a sua poesia ao som dos acordes de Tom ou Toquinho e do gelo a rodar no copo de whinsky que ia esvaziando.